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Servidores públicos enfrentam dificuldades em atendimento pelo SAS. SEAP informa que efetuou repasses ao Hospital São Vicente

18 de Fevereiro de 2014 às 12:53:46




Desde dezembro, médicos vêm deixando de atender pelo sistema. Hospital alega atraso de repasses por parte do governo estadual para pagar os profissionais. Já a secretaria responsável diz que vem efetuando pagamentos e que está cobrando normalização







Há um ano e meio, Luci tenta realizar cirurgia pelo Sistema de Assistência à Saúde (Foto: Diário de Guarapuava)



Servidores públicos em ativa e aposentados pelo governo estadual estão enfrentando dificuldades no atendimento pelo SAS (Sistema de Assistência à Saúde), em Guarapuava. Cirurgias agendadas estão sendo canceladas por falta de médicos que realizem os procedimentos. Por um lado, o hospital São Vicente de Paulo alega atrasos nos repasses do governo estadual. Já a Seap (Secretaria de Estado da Administração e da Previdência), órgão gestor do sistema, diz que efetuou os pagamentos e cobra solução ao problema.

Professora aposentada, Luci Aparecida Lima Wrobel, 66 anos, tenta há um ano e meio realizar uma cirurgia para retirada do útero. Os exames que mostraram a necessidade do procedimento datam de agosto de 2012. Em meio à troca de médicos que a atenderam durante o período e a realização de diversos exames a cada novo atendimento, finalmente conseguiu, em novembro do ano passado, agendar o procedimento para 27 de janeiro. Mas, um dia antes, o hospital São Vicente de Paulo, instituição credenciada para a assistência em Guarapuava, avisou-a de que a cirurgia estava cancelada. "Parece até que a gente tem de marcar dia e hora para ficar doente", desabafa.

Hospital alega atrasos
O provedor do hospital São Vicente de Paulo, Rui Primak, afirma que há um atraso sistemático nos repasses para custear as despesas com o SAS por parte do governo estadual. "O atraso é sistemático. Paga-se um mês, depois se fica dois meses sem o recurso. Já fizemos o pagamento aos médicos referente a novembro. Mas janeiro continua em aberto. O hospital não consegue pagar", disse.
Primak também afirmou que o hospital está tentando atender os usuários do SAS em situações de emergência pelo SUS, procedimentos ambulatoriais. Contudo, os procedimentos eletivos, como cirurgias, são adiados.

"Compreendemos a situação dos usuários, mas não há o que fazer, a não ser esperar a normalidade dos pagamentos. Depois, vamos tentar convencer os profissionais que pararam de atender a voltar ao sistema. Daí é convencimento", disse o provedor. De acordo com ele, o hospital tem mantido contato com a Seap. "Estamos fazendo o trabalho de avisá-los da dificuldade que estamos tendo em manter o contrato. Há uma sinalização para normalização de todos os pagamentos para abril deste ano. Enquanto isso, vamos passando por essa dificuldade", disse Primak, acrescentando que julga a crise como pontual, mas que precisa de uma solução.

Seap cobra normalização
Diferente do que disse a provedoria do hospital, a Seap, por sua vez, informou que efetuou os repasses referentes a novembro e dezembro com cerca de 10 dias de atraso e que, atualmente, todas as instituições no Estado estão com os pagamentos em dia. O último repasse ao São Vicente de Paulo teria ocorrido em 5 de fevereiro e que, por isso, está cobrando a normalização do atendimento. A secretaria ainda fará um acompanhamento para detectar e exigir soluções de possíveis problemas junto à instituição hospitalar.

Com informações de: Jornal Diário de Guarapuava