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Governo corta direitos de professores na Uespi. Progressões funcionais e promoções por conclusão de mestrado e doutorado foram congeladas. Também houve corte no adicional de insalubridade. Categoria docente reúne

03 de Junho de 2014 às 18:00:26

Docentes realizam assembleia geral nesta quarta-feira (4) para aprovar plano de lutas

Nesta quarta-feira (4), os docentes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) participarão de assembleia geral para discutir as ações a serem feitas a partir do corte de 50% no adicional de insalubridade - para docentes que atuam em laboratórios, por exemplo - e o congelamento de promoções e progressões funcionais efetuada pelo governador Zé Filho (PMDB).

A categoria também se mobiliza e cobra negociação com o governo para discutir sobre nomeações de professores classificados no último concurso, a realização de novo concurso para as vagas efetivas restantes, mais verbas e autonomia para a universidade, dentro das pautas da campanha SOS Uespi. A assembleia será realizada às 9h30, no auditório central da instituição.

Na semana passada, o reitor Nouga Cardoso afirmou que os telefones da Administração Superior foram cortados por falta de pagamento, por conta da diminuição de repasses da Secretaria de Fazenda para a Uespi. "Queremos discutir, coletivamente, com a categoria, o que vamos fazer para forçar o governo a reverter esta situação que se agrava a cada dia na Uespi. A realidade é de carência de professores para ministrar várias disciplinas, prejudicando a qualidade na formação de centenas de estudantes", afirma Josinaldo Santos, que assume interinamente a Presidência da Associação dos Docentes da UESPI (Adcesp), Seção Sindical do ANDES-SN

"Congelar as promoções e progressões é atacar diretamente a pouca autonomia que a universidade tem. É desvalorizar a produção e o dia-a-dia acadêmico de cada professor que se esforçou para mudar de titulação, concluindo mestrado ou doutorado, publicou artigos, fez atividades de extensão, além de ter exercido o trabalho cotidiano de sala de aula", completa Santos, que assumirá oficialmente a Presidência interina na Adcesp durante a assembleia desta quarta (4).

O governo também não implementou em folha de pagamento as mudanças de regime de trabalho autorizadas pelo Conselho Universitário (Consun). Na prática, os professores que mudaram de jornada de trabalho de 20h semanais para Dedicação Exclusiva (DE), por exemplo, não tiveram a devida alteração salarial a mais, como garante a Lei. De acordo com Santos, o corte de 50% no adicional de insalubridade - além de ilegal - representa um desequilíbrio financeiro para os servidores públicos estaduais que contam com este recurso mensalmente no orçamento familiar.

Na Copa Vai Ter Luta

Na manhã do próximo dia 12, a Adcesp participará do ato Na Copa Vai Ter Luta, no centro de Teresina, que denunciará as injustiças com os gastos dos governos com o campeonato, e para cobrar investimentos na educação pública e demais serviços públicos como saúde, transporte, moradia, reforma agrária, entre outros. A Adcesp levará ao ato as reivindicações da campanha SOS Uespi. Em Teresina, o espaço "Na Copa Vai Ter Luta" é composto por entidades como a CSP- Conlutas, Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm) e Sindicato dos Docentes do IFPI (Sindifpi).

* Com informações da Adcesp - Seção Sindical e foto de Tv Clube