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Em greve desde 27 de maio, USP tem invasão da polícia, corte de ponto e bloqueio das estradas do prédio da reitoria

06 de Agosto de 2014 às 02:23:54

A greve geral da Universidade de São Paulo, que começou no dia 27 de maio, continua forte e sem perspectivas de fim por conta da intransigência da reitoria e do governo estadual. Novos elementos de repressão e criminalização do movimento paredista tomaram lugar no final de semana, com a invasão da polícia militar ao campus Butantã da universidade e a confirmação do corte de ponto de técnico-administrativos grevistas.

Segundo Ciro Correia, presidente da Associação dos Docentes da Usp, Seção Sindical do ANDES-SN, (Adusp-SSind), a polícia militar entrou na universidade no domingo para desobstruir piquetes grevistas. O professor afirmou que não houve confronto, mas que a atitude demonstra ainda mais a intolerância com a qual a administração da USP tem lidado com o movimento grevista.

O presidente da Adusp também apontou que, nessa segunda-feira (4), houve a confirmação do corte de ponto dos técnico-administrativos em educação grevistas, e que, por isso, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) deliberou em assembleia o bloqueio das entradas do prédio da reitoria da universidade. A Adusp se reunirá na quarta-feira (6) para discutir a nova conjuntura da greve e uma assembleia docente será realizada na quinta-feira (7).

Estaduais paulistas seguem mobilizadas
Na tarde da última quinta-feira (31), os docentes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram por suspender a greve, iniciada em 27 de maio juntamente com a USP e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), ao aceitar o abono de 21%, proposto pelo reitor José Tadeu Jorge.

Mesmo com a suspensão do movimento paredista, os professores da Unicamp continuarão realizando assembleias permanentes e darão sequencia às mobilizações e às ações públicas até a retomada da reunião de negociação da campanha salarial com o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), marcada para o início de setembro.

A decisão favorável ao abono foi unânime durante a reunião que contou com a presença de 120 professores, entre membros da diretoria da Associação dos Docentes da Unicamp, Seção Sindical do ANDES-SN (Adunicamp-SSind), e de representantes de diferentes unidades de ensino da universidade. A concessão do abono de 21% será aplicada sobre os salários de julho, a serem pagos em uma única vez, no mês de agosto.

Confira nota da Adusp sobre a invasão da polícia e o corte de ponto aqui.

*Com informações de Adusp, Adunicamp e Adunesp. Foto do DCE da USP.