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Comunidade acadêmica barra Ebserh na UNIRIO em resistência à entrega da unidade de saúde e ensino à Empresa criada pelo governo federal para privatização dos serviços nessas unidades

08 de Agosto de 2014 às 16:40:53

A comunidade acadêmica da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) conseguiu barrar nesta quinta-feira (7) a votação, no Conselho Universitário da instituição, a adesão da Unirio à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e consequente privatização do Hospital Universitário Gafré Guinle (HUGG).

O Consun aprovou ainda, por 21 votos, a proposta dos estudantes, docentes e técnico-administrativos de abrir o debate para buscar soluções para a precarização do hospital que não envolvam a entrega da unidade de saúde, ensino e pesquisa à Ebserh."A grande vitória que o movimento organizado pelos três segmentos da comunidade acadêmica da Unirio conquistou hoje [7] foi a retirada da pauta da Ebserh do Consuni, e a inclusão da proposta apresentada pela comunidade acadêmica, de fazer uma discussão sobre os problemas do hospital universitário com propostas democraticamente construídas pela comunidade, respeitando a autonomia da universidade, defendida pelos três segmentos. Qualquer proposta tem que ser debatida com a comunidade acadêmica. São os três segmentos que têm o poder de dizer o que é melhor para a universidade, respeitando sua autonomia. Esta conquista mostrou mais uma vez a força e a unidade da comunidade acadêmica", comentou Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN, que acompanhou a reunião do Consuni e o ato em defesa do HUGG.

Marinalva ressalta que a compreensão do movimento é de que a Ebserh não resolverá os problemas do hospital universitário e da comunidade acadêmica. "Muito pelo contrário. Os exemplos que temos de locais onde a Ebserh foi implementada é que querem que a Empresa saia desses hospitais. A comunidade acadêmica é quem deve dizer quais passos devem ser dados para resolver os problemas dos HU e como eles devem ser encaminhados, para que os hospitais universitários continuem sendo espaços para atender o ensino, a pesquisa e a comunidade, diferente do que é a Ebserh, que atua exclusivamente em favor do capital e dos planos de saúde", completou.

* Foto: Elisa Monteiro/Adufrj - Seção Sindical