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Sem dinheiro, UNIOESTE-Foz passa aperto. Faturas de luz e telefone, por exemplo, não foram pagas e podem comprometer o funcionamento da instituição

12 de Setembro de 2014 às 14:47:46




O câmpus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em Foz do Iguaçu não consegue colocar as contas em dia por causa do atraso nos repasses do governo do estado. Faturas de luz e telefone, por exemplo, não foram pagas e podem comprometer o funcionamento da instituição. As demais universidades estaduais enfrentam problemas semelhantes.

A diretora do câmpus de Foz, Renata Camacho Bezerra, diz que o único compromisso honrado é o pagamento dos estagiários. "Nossa situação é bastante grave. Cortei tudo que dava para cortar. A gente tem mantido somente o necessário", diz.

Custeio é a verba trimestral para manutenção das universidades. Sem esse dinheiro, foi preciso cortar o café das reuniões, custos para eventos, semanas acadêmicas, diárias para motoristas e professores que participam de eventos. O câmpus também está devendo para um posto de gasolina.

O câmpus também precisa de recursos para o auditório, concluído há um ano e não inaugurado por falta de ar-condicionado. O pedido está em fase de licitação. Com estrutura precária, o prédio da biblioteca precisa de reforma. Também falta melhorias na instalação elétrica do laboratório do curso de Hotelaria, que tem equipamentos novos mas não está sendo aproveitado. A falta de dinheiro compromete ainda o andamento da obra do Restaurante Universitário (RU).

Além dos atrasos, as universidades estaduais têm recebido parcelas com valores menores. Na segunda-feira, reitores se reuniram com representantes do governo para tratar do assunto.

Liberação

Segundo o reitor da Unioeste, Paulo Sérgio Wolff, apesar dos atrasos o valor do custeio que a universidade recebe por ano é 3,5 vezes maior que há quatro anos. "Tem um atraso ou outro, mas temos recursos que podem ser programados e evitar dívidas. Pode-se trabalhar em uma gestão sem ficar devendo."

Ele lembra que estão sendo construídos RUs nos cinco campi da instituição, algo inédito nos 40 anos da Unioeste. O dinheiro para essa finalidade está sendo liberado, garante Wolff. A obra, diz ele, é quitada conforme o serviço é executado. Segundo ele, os investimentos do estado em andamento na Unioeste representam cerca de R$ 30 milhões.

A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) informou ontem que a verba de custeio começará a ser liberada nesta semana para as sete universidades estaduais. Segundo a Sefa, os repasses têm sido feitos trimestralmente e os atrasos e as parcelas menores se deve a problemas financeiros enfrentados neste ano pelo estado, incluindo a demora na liberação de empréstimos. A Sefa não informou o valor do repasse a ser feito nesta semana.

Com informações da Gazeta do Povo