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Chilenos preparam nova marcha contra Sistema Privado de Previdência

19 de Agosto de 2016 às 22:51:14

Os chilenos sairão novamente às ruas de Santiago, capital do país, no domingo (21), para protestar contra o Sistema Privado de Previdência que os impõe contribuições às Administradoras de Fundos de Pensão (AFP) sem garantir, no momento da aposentadoria, quaisquer retornos financeiros aos trabalhadores. O sistema previdenciário chileno é privado desde 1981, quando o ditador Augusto Pinochet acabou com a previdência pública, universal e por repartição.


Uma manifestação semelhante levou 150 mil às ruas do país no final de julho. A Previdência chilena funciona por meio de uma conta de contribuições forçadas, com trabalhadores destinando 10% de seus salários para as AFP, que funcionam de maneira similar aos fundos de pensão brasileiros, como o Funpresp. Quando se aposentam, os trabalhadores chilenos recebem aposentadorias menores do que os valores investidos ao longo dos anos.


As AFP administram mais de 150 milhões de dólares provenientes dos salários dos trabalhadores, e utilizam essa quantia para investir em empresas ou em ações na bolsa de valores. As perdas dessas operações são socializadas entre os trabalhadores, o que faz com que muitos tenham que seguir trabalhando após a aposentadoria. Situação semelhante ocorre no Brasil. Recentemente, os trabalhadores dos Correios, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal foram chamados a arcar com rombos no Postalis, Petros e Funcef, devido à má gestão e aplicações de risco no mercado financeiro por parte dos administradores dos fundos.


Fonte: ANDES-SN