Notícias

Após operação da Polícia Federal, reitor do Instituto Federal do PR, Irineu Colombo é afastado. 18 pessoas suspeitas de desviar 6,6 milhões do setor de ensino à distância foram presas

09 de Agosto de 2013 às 04:05:13


O reitor do IFPR (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná), Irineu Colombo, foi informado nesta quinta-feira (8) que será afastado temporariamente do cargo por ordem judicial. Na manhã de hoje, a PF (Polícia Federal) prendeu 18 pessoas suspeitas de desviar cerca R$ 6,6 milhões do setor de ensino a distância do IFPR. O reitor não está entre os presos.




PF prende 18 pessoas por desvio de R$ 6,6 mi do Instituto Federal do PR

"Desde o momento em que a gestão do IFPR tomou conhecimento de indicativos de irregularidades na Diretoria de Educação à Distância, pediu apoio dos órgãos de controle e tomou medidas administrativas saneadoras", informou a reitoria do IFPR em nota publicada no site da instituição.

Durante a operação, foram cumpridos 10 mandados de condução coercitiva e 43 de busca e apreensão. A Operação Sinapse foi feita em conjunto com a CGU (Controladoria Geral da União) e envolveu cerca de 200 policiais. Entre os presos, três eram funcionários públicos do IFPR. Uma pessoa foi presa em Sorocaba (SP) e as outras no Paraná.

Segundo a PF, as investigações começaram em março de 2012 e indicam que a quadrilha desviava dinheiro proveniente principalmente do MEC (Ministério da Educação) desde 2009. A PF afirma que as investigações podem indicar que o desvio foi maior que o apurado até agora. Desde que a quadrilha começou a atuar, o MEC repassou cerca de R$ 43 milhões para o IFPR.

O grupo é suspeito de falsificar contratos e prestações de contas, além de pagar propina a funcionários da autarquia federal e integrantes das OSCIPs. Os integrantes da quadrilha responderão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes da lei de licitações.

Resposta


O MEC informou que os servidores do IFPR que estão sob investigação serão imediatamente afastados de suas funções. O ministério ainda acrescentou que, em conjunto com a CGU, irá instaurar processo administrativo disciplinar para apurar as responsabilidades dos funcionários suspeitos.

Em nota, o IFPR disse que está colaborando com a investigação e que tem tomado medidas para verificar a regularidade dos contratos firmados. "Lamentamos os fatos ocorridos e a forma com que o Instituto Federal do Paraná foi exposto, mas enfatizamos que desde o início apoiamos a apuração das supostas irregularidades. Reiteramos nosso compromisso com o ensino público, gratuito e de qualidade, e com a transparência da gestão e esperamos que todas estas questões sejam devidamente esclarecidas."

Fonte: UOL