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Universidades estaduais do Ceará repudiam com veemência a infeliz escolha do Governador Cid Gomes para Ministro da Educação

05 de Julho de 2015 às 18:30:34

A montagem do ministério de Dilma Rousseff segue parecendo um filme de terror. Além do provável anúncio de Kátia Abreu, representante-mor do latifúndio e inimiga do movimento indígena e dos trabalhadores rurais para o Ministério da Agricultura e de Joaquim Levy, ligado ao Bradesco, para a pasta da Fazenda um novo nome inaceitável deve ser confirmado: Cid Gomes, para ministro da Educação.


Trata-se, a nomeação do governador do Estado do Ceará em seus últimos dias de mandato para esse ministério, de uma contradição sem limites, pois os trabalhadores da Educação estiveram entre aqueles que receberam pior tratamento por parte do Sr. Cid Gomes.


Há 3 anos, Cid Gomes e seu aliado Roberto Cláudio (na época presidente da Assembleia Legislativa e hoje prefeito de Fortaleza) mandaram a Polícia Militar reprimir duramente os professores da rede estadual de ensino médio e fundamental. Recusando-se a cumprir a Lei do Piso, Cid chegou ao ponto de afirmar que “professor deve trabalhar por amor”, sugerindo, inclusive que os trabalhadores da educação pública pedissem demissão, afirmando que “quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado”.



Ao mesmo tempo, Cid já promovia um processo de esvaziamento das Universidades Estaduais, recusando-se a abrir concursos para as quase 800 vagas na UECE, URCA e UEVA, que não param de se multiplicar, devido a falecimentos, aposentadorias e exonerações. A situação de abandono é tamanha que, há 4 meses em greve (sendo esta já retomada de uma mobilização anterior), Cid recusou-se a negociar, deixando o impasse para seu sucessor. Ele chegou ao cúmulo de defender o fechamento de vários cursos (incluindo o de Medicina, o 17o colocado no último Enade) e querer impor uma jornada de mais de 20 horas em sala de aula, inviabilizando a adequada preparação das aulas, a orientação de alunos nos TCC’s, monitorias, iniciação científica, mestrado, doutorado e o exercício de atividades de pesquisa e extensão.


A Regional-I do ANDES-SN, na defesa das universidades e escolas do Ceará e do Brasil, repudia, portanto, a escolha nefasta de Dilma Rousseff. Poucos nomes seriam tão inadequados para o Ministério da Educação como o do Sr. Cid Gomes.


Fonte: http://sinduece.org.br/noticias/destaque/fora-cid-gomes-ministerio-da-educacao/


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