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IBGE - A proporção dos estudantes de 18 a 24 anos de idade que frequentam o ensino superior passou de 32,9% em 2004 para 58,5% em 2014

04 de Dezembro de 2015 às 11:47:49

Em uma década, o IBGE contatou crescimento na proporção de universitários na faixa etária de 18 a 24 anos – de 32,9%, em 2004, para 58,5% em 2014 -, com destaque para o recorte por cor ou raça, de acordo com os critérios de classificação do instituto.


Do total de estudantes pretos ou pardos de 18 a 24 anos, 45,5% estavam na universidade no ano passado. Há dez anos, essa proporção era de 16,7%. Entre os brancos, também houve aumento – de 47,2%, em 2004, para 71,4%, em 2014. Ou seja, o percentual de pretos e pardos no ensino superior em 2014 ainda era menor do que o percentual de brancos no ensino superior dez anos antes.


Apesar dessa diferença em relação à cor ou raça, há tendência de democratização no acesso ao ensino superior. Em 2004, na rede pública, 1,2% dos estudantes de nível superior pertenciam ao quinto mais pobre de rendimento domiciliar per capita, passando a 7,6% em 2014. Na rede privada, essa proporção passou de 0,6% para 3,4%.


Por região


Na distribuição por região, o IBGE observou que o maior crescimento quanto à participação da população preta ou parda de 18 a 24 anos no ensino superior se deu no Centro-Oeste. O percentual de jovens negros na universidade (em relação ao total de pessoas nesta faixa etária) superou os 60% em 2014 – dez anos atrás, essa proporção era de 28,2%. O aumento foi de 32,3%.


As demais regiões ficaram acima dos 24 pontos percentuais de variação, com destaque para o sudeste – que passou de 23,5%, em 2014, para 51,9%, em 2014. Ou seja, no ano passado, mais da metade da população negra de 18 a 24 anos residente no Sudeste estava no ensino superior.


De acordo com os pesquisadores, a SIS observou que, de 2004 a 2014, houve contexto favorável à ampliação do acesso ao ensino superior no país, o que pode estar associado a políticas públicas de inclusão (reserva de vagas, concessão de bolsas e financiamento estudantil, por exemplo), ao aumento do nível educacional da população em geral e a melhorias nas condições econômicas das famílias que liberam jovens para seguirem estudando em vez de dedicarem exclusivamente ao trabalho.


 


Com informações de: Jornal a Folha de São Paulo  http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/12/04/cresce-n-de-mulheres-chefes-de-familia-e-de-jovens-negros-na-universidade.htm


IBGE http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3050


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