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UEPG teve 50% de corte na verba de custeio. Dos 12 milhões previstos, a universidade deve receber apenas 6

22 de Fevereiro de 2016 às 21:46:24

Nota pública sobre o corte de 50% da verba de custeio


O Sinduepg, juntamente com o Comando de Greve Docente da UEPG, vem a público manifestar preocupação quanto ao recente anúncio do corte de aproximadamente 50% dos recursos destinados ao custeio da universidade. Dos 12 milhões de reais solicitados pela administração, a UEPG deve receber somente 6 milhões, somados a 2 milhões destinados ao pagamento do PIS/PASEP. Este corte agrava o já profundo sucateamento que a universidade vem enfrentando desde 2014, quando o governo Beto Richa iniciou aquilo que ele tem chamado de "ajuste fiscal".


Na Unicentro, o Reitor Aldo N. Bona afirma que a universidade inicia ano letivo com orçamento reduzido, porém sem especificar valores e de quanto foi o corte


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Terceirizações e testes seletivos atacam a universidade pública


As verbas de custeio são destinadas à manutenção da universidade, como o pagamento de água, luz, combustível e material de higiene, por exemplo. Não há dúvidas de que este corte inviabiliza atividades básicas como a continuidade de projetos de pesquisa, extensão e prejudica a qualidade do ensino. "Sabemos de vários professores que, para continuar realizando suas pesquisas, compram reagentes e se cotizam para bancar as passagens de convidados para participar de bancas de defesa de trabalhos acadêmicos", alerta Marcelo Bronosky, presidente do Sinduepg.  8 milhões corresponde ao valor que a universidade recebeu em 2009.


Na última sexta-feira, a diretoria do Sinduepg se reuniu com a reitoria da UEPG a fim de se inteirar da atual situação financeira, bem como manifestar preocupação quanto ao bom andamento das atividades frente a este corte. Para o Reitor Luciano Vargas, a UEPG continuará funcionando independente deste corte. "Vamos fazer os ajustes necessários para que o impacto seja o menor possível", afirmou, embora reconheça que a universidade vai ser prejudicada.


Essa política do Governo de Estado e Federal tem forçado alguns docentes e algumas reitorias a estabelecerem e ampliarem parcerias com grupos privados - repassando conhecimento e tecnologia - comprometendo a independência científica. Essas ações têm comprometido o objetivo fim das Universidades públicas brasileiras que é o desenvolvimento econômico e social da sociedade, a partir da distribuição de conhecimento e tecnologia em benefício dos cidadãos.


Comando de Greve Docente da UEPG 


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