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Michel Temer assina o mais duro pacote antissocial deste século

14 de Julho de 2016 às 13:07:43

Ainda sem aumento de impostos e cortes diretos de despesas, o presidente em exercício, Michel Temer, anunciou um limite de gastos públicos. A medida afeta diretamente as áreas sociais, como saúde e educação.


A ideia é que em 2017, o Estado só possa gastar um valor fixo. A única flexibilidade será o adicional da inflação no período.


A medida será viabilizada por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a ser enviada ao Legislativo nas próximas semanas. São necessários dois terços dos votos de cada Casa para a proposta passar.


Hoje, a Constituição determina a destinação de um percentual obrigatório da arrecadação de tributos para Saúde e Educação.


Para a presidente afastada Dilma Rousseff, as medidas de Temer representam ‘desordem e retrocesso’ na educação. Segundo ela, se as propostas de Temer tivessem sido adotadas nos últimos dez anos, prejuízos para a educação seriam da ordem de R$ 500 bilhões.


“Pra você ter uma ideia, se tivesse sido adotada nos últimos dez anos de governo Lula e Dilma, a medida proposta de reajustar os recursos para educação e saúde pela inflação do ano anterior, nós teríamos tido uma perda da ordem de R$ 500 bilhões. Portanto, se for adotada será o maior retrocesso da história da educação brasileira desde a constituição de 1988”, afirmou Dilma.


Para o jornalista Mário Magalhães, do portal UOL, o pacote de Temer é “o mais duro pacote antissocial do século 21” o anúncio de medidas feito pelo presidente interino Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.


“Como previsto, o arrocho de Dilma Rousseff, comparado ao que o sucedeu, passará à história como arrochinho. Mantendo o tom dessas duas semanas de governo, Temer vai com muita sede ao pote, sacrificando sobretudo os mais pobres”, afirmou.


“O pacote ataca por todos os cantos, sem poupar frentes e vítimas. À sua maneira, estimula confrontos, atiça conflitos, provoca quem perde com ele. Arrochos dessa natureza pressupõem força”, acrescentou.


 



Fonte: Pragmatismo Político