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Em reunião, Conselho Universitário da UEM decide não aderir ao Meta4

20 de Junho de 2017 às 09:16:27

Em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (19), o Conselho Universitário (COU), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), decidiu, por unanimidade que a UEm não deve enviar ao governo do Estado a documentação exigida para a adesão ao Meta4, sistema informatizado de gestão de recursos humanos.


Os conselheiros acompanharam o posicionamento da relatora, professora Neusa Altoé, que, no parecer sobre a matéria, disse que o Meta4 interfere diretamente na autonomia das Universidades Públicas do Estado à medida que tira das instituições a gestão de recursos humanos, que, junto com autonomia didático-científica e administrativa, está garantida pelas Constituições Federal e Estadual.


A relatora citou ainda um acórdão (decisão final) do Tribunal de Justiça do Paraná, proferido em 1992. Em resposta a um questionamento dos reitores da época, o TJ citou a autonomia das universidades estaduais para impedir uma decisão requerida pelo governo.


Presidido pelo reitor, o Conselho Universitário é composto também pelo vice-reitor, um professor de cada Departamento, um professor dos cursos de pós-graduação, cinco representantes dos funcionários, um representante estudantil de cada Centro; um representante da comunidade local; e um representante da comunidade regional.


Com a decisão tomada pelo COU, agora são três as instituições que se manifestaram contrárias ao envio dos documentos. Além do conselho da UEM, os conselhos universitários das universidades Estaduais de Londrina (UEL) e do Oeste do Paraná (Unioeste) também negaram a possibilidade de remeter os documentos ao governo.


Vale lembrar que o governo condicionou o desbloqueio dos recursos financeiros às três universidades ao envio dos documentos.


Resposta


A assesoria de comunicação do Governo do Paraná afirmou que o posicionamento continua o mesmo: as instituições devem aderir ao Meta4. "Está na Lei da Transparência, é uma recomendação do Tribunal de Contas e uma exigência do governo. Não abriremos mão disso", afirmou o chefe da Casa Civil Valdir Rossoni, na última quarta-feira (14). Ainda de acordo com a assessoria, se as universidades continuarem contrariando a determinação, o governo deve recorrer à Justiça.


 


Fonte: odiario.com