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Educação e renda são maiores diferenças entre municípios da região de Guarapuava e Irati, segundo IDHM. Apenas quatro cidades (Irati, Guarapuava, Virmond e Pitanga) possuem índice médio, e nenhum ati

05 de Agosto de 2013 às 16:56:39



Desde 2000, houve melhora substancial no índice de desenvolvimento das cidades. As diferenças regionais também se estreitaram. A desigualdade entre os índices do melhor e do pior colocados (Laranjal, com 0,585, e Guarapuava, 0,731) caiu para 25%







Os gráficos mostram as diferenças da região (Foto: Diário de Guarapuava)



As diferenças de desenvolvimento entre os municípios da região guarapuavana diminuíram consideravelmente ao longo dos últimos 20 anos. A desigualdade entre as cidades mais e as menos desenvolvidas se tornaram menos evidentes em todos os quesitos analisados pelo Pnud (Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento), que calcula o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) com base na educação, na expectativa de vida e na renda da população.

No entanto, as disparidades ainda são muito acentuadas em alguns casos. Especialmente com relação aos índices da educação (que leva em conta a frequência escolar e o grau de escolaridade nas diversas faixas etárias) e dos rendimentos (que analisa a renda per capita). O IDHM (IDH Municipal) de 2010 foi divulgado na última segunda-feira, 29.

Índice municipal

No ano de 1991, primeiro ano em que o IDH foi calculado pelas Nações Unidas, todos os municípios da região guarapuavana foram classificados como de muito baixo desenvolvimento humano - com índice abaixo de 0,5.

No entanto, mesmo assim as disparidades entre os municípios eram grandes. A diferença entre as cidades com a melhor e a pior classificação era de 135% (de 0,490 para 0,208).

Em 2000, um total de 13 cidades (56%) haviam se elevado à categoria de baixo IDH (entre 0,5 e 0,599) e somente duas (8%, Irati e Guarapuava) atingiam o médio desenvolvimento. Dez anos depois, apenas um município (Laranjal) permanece no nível baixo, enquanto a maior parte (17, ou 74%) ascendeu ao IDH médio.

Nesse período, além da melhora substancial no índice de desenvolvimento das cidades, também as diferenças regionais se estreitaram. A desigualdade entre os índices do melhor e do pior colocados (Laranjal, com 0,585, e Guarapuava, 0,731) caiu para 25%.

Mas as discrepâncias permanecem muito evidentes em alguns casos. Enquanto cinco foram considerados de alto desenvolvimento (entre 0,7 e 0,799), muitos municípios, como Inácio Martins, Santa Maria do Oeste e Marquinho, ainda tiveram índices muito próximos ao limite entre IDH médio e baixo.

Educação

O quesito em que a região mais evoluiu nos últimos 20 anos foi a educação - apesar de o índice regional ainda ser baixo. Em 1991, apenas 21% das crianças de 5 a 6 anos frequentavam a escola nos municípios do entorno, e somente 9% dos adolescentes com idade entre 15 e 17 haviam concluído o ensino fundamental. Além disso, pouco mais de 4% dos jovens maiores de 18 possuíam o ensino médio completo.

O pior caso era de Boa Ventura de São Roque. Lá, menos de 2% das crianças até 6 anos ia à escola, menos de 4% dos adolescentes de até 17 anos tinham o ensino fundamental, e absolutamente zero pessoas maiores de idade haviam concluído o ensino médio.

Mas Boa Ventura também foi a cidade com a maior recuperação. Em 2010, o município havia melhorado seu IDH de educação de 0,034 para 0,553 - diferença de 1.500%.

No entanto, esse índice (assim como de 56% da região) ainda é considerado baixo. Apenas quatro cidades (Irati, Guarapuava, Virmond e Pitanga) possuem índice médio, e nenhum atingiu IDH alto. 26% das cidades têm índice muito baixo (abaixo de 0,5).

Renda
De 1991 a 2010, a renda per capita na região cresceu de R$ 193,39 (em valores atualizados) para R$ 470,17 - diferença de 143%. Apesar de parecer pouca diferença, a disparidade entre os municípios caiu consideravelmente entre os municípios mais ricos e os mais pobres. Há 20 anos a diferença entre a cidade com maior IDH de renda, Guarapuava, e a com pior índice, Goioxim, era de 72%. Em 2010 essa disparidade caiu para 25%, sendo que o município com renda mais baixa atualmente é Laranjal.

No entanto, se levada em conta a renda per capita média, ao invés do IDH de renda, a desigualdade econômica fica mais evidente. Enquanto em Guarapuava a população recebe em média R$ 750,09 por mês, em Laranjal esse valor é de apenas R$ 297,34. E nesse caso a diferença proporcional é superior a 150%.

Fonte: http://www.diariodeguarapuava.com.br/noticias/regiao/17,32849,03,08,educacao-e-renda-sao-maiores-diferencas-entre-cidades-da-regiao-segundo-idhm.shtml