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Ato dos servidores públicos aponta para uma possível greve dos docentes da UFPR

09 de Julho de 2011 às 23:26:39







No dia 05 de julho os servidores públicos federais realizaram uma passeata pelo Centro de Curitiba. Cerca de 500 servidores participaram do ato que reuniu diversas entidades entre elas a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior-Sindicato Nacional (ANDES-SN), a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR), o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Previdência e Trabalho (SindiPrevs), a Associação dos Servidores do Incra no Paraná (Assincra), entre outras.A atividade faz parte de um calendário nacional definido em plenária da Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Federais (Cnesf) que mobilizou diversos atos em todo o país.

Segundo a organização o objetivo da manifestação foi pressionar o governo federal a atender as reivindicações das categorias. "Após um ano e meio de negociações, os servidores públicos esperavam para a data do dia 05 uma proposta efetiva do governo para reajustes salariais. E ele nos acenou apenas com um conjunto de diretrizes gerais para a negociação. O orçamento é discutido em agosto e, se os recursos não forem colocados agora, não existirá previsão para 2012", afirma o presidente da APUFPR-SSind, Luis Allan Künzle.

Além de buscar melhorias salariais e de condições de trabalho, os servidores federais também lutam pela retirada de projetos que tramitam no Congresso e que são prejudiciais para os trabalhadores como o Projeto de Lei (PL) 549/09, que congela os salários dos servidores públicos por dez anos, e o PL 1992/07, que privatiza a previdência social dessas categorias.

Docentes da UFPR

Para a diretoria da APUFPR-SSind não há motivos para o governo federal deixar de atender as reivindicações dos trabalhadores, especialmente em relação à reposição das perdas salariais e a recomposição dos quadros de servidores.

"O crescimento do PIB mostra que o governo tem condições de retribuir ao servidor público tudo o que ele tem feito nos últimos anos. Nas Universidades Federais, ampliamos vagas, estamos atendendo muito mais a população, temos muitos novos campi implementados pelo país", declara Künzle.

Apesar de a Universidade cumprir as exigências do governo Federal, os problemas que envolvem condições de trabalho se agravam a cada dia devido à forte sobrecarga de trabalho. "Com a expansão houve um forte aumento da carga de trabalho para os docentes sem aumento proporcional em termo de número de professores e infra-estrutura" afirma o presidente da APUFPR-SSind.

Além disso, para a diretoria da APUFPR-SSind o trabalho do professor universitário não é reconhecido pelo governo. Atualmente, um docente com doutorado entra na universidade ganhando menos do que um servidor em outros órgãos do qual é exigido apenas a graduação. Em resposta a essas distorções o movimento docente já possui uma nova proposta de malha salarial e um novo projeto para carreira que foi construído em assembléias da categoria em todo o país.

Para o movimento docente da UFPR se as reivindicações não forem atendidas será necessária a realização de paralisações na Universidade Federal do Paraná ou até mesmo uma greve para agosto.

Fonte: APUFPR