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56º CONAD: O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio Santiago Prates Filho, resgatou a ação movida pelo ANDES-SN, através de suas seções sindicais no Paraná, para derrubar um decreto

18 de Julho de 2011 às 02:35:11

Por Najla Passos (ANDES-SN)

O acirramento das lutas dos trabalhadores e jovens marcaram os discursos na abertura do 56º Conad do ANDES-SN, nesta quinta-feira (14/7), em Maringá. "Este Conad, com a tarefa estatutária de atualizar o plano de lutas aprovado no 30º Congresso e, também, de analisar as contas do ANDES-SN, se realiza em um cenário distinto daquele do início do ano, no que se refere à mobilização dos trabalhadores e da juventude no Brasil e no mundo", afirmou a presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa.

Ela informou que, naquele momento, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão desmarcou a reunião desta sexta-feira (15/2), na qual se comprometera a apresentar uma contraproposta à pauta de reivindicação dos servidores públicos federais. "A postura do governo federal  impõe ainda mais responsabilidade a este plenário: precisamos analisar e definir estratégias para a luta dos docentes".

Além de chamar à atenção para os desafios impostos aos docentes das Federais, a presidente citou as lutas travadas pela categoria nas Estaduais, que têm enfrentado políticas tiranas e violentas, e nas Particulares, explicitando a crueldade do capital no âmbito dos serviços, além da restrição à atuação sindical.

Confira o álbum de fotos da Plenária de Instalação do 56º Conad.

Proposta para a universidade
Outro desafio deste Conad, de acordo com Marina, é atualizar o Caderno 2 do ANDES-SN. "Ele apresenta nossa proposta de universidade, que se vincula a um projeto de Educação Pública com atenção ao desenvolvimento do saber como elemento de resolução dos problemas da maioria da população trabalhadora", explicou.
Como terceiro desafio, apontou a necessidade de fortalecer a campanha pelos 10% do PIB para a Educação. "Campanha essa que, aglutinando setores sociais que partilham a defesa da educação pública, servirá a enfrentar o centro da política de desmonte da educação pública no país, que é o seu financiamento".
A presidente pautou também a responsabilidade pela construção da CSP-Conlutas: discutir propostas para fortalecer, expandir e consolidar o que ela definiu como um "investimento da classe trabalhadora brasileira".

Jornada de lutas
"Assistimos às greves dos trabalhadores das obras do PAC, das refinarias, e da construção civil. Aqui no Paraná, à greve dos trabalhadores da Volkswagen. Agora, temos a greve dos servidores das universidades. Este é um momento novo de mobilização, não só no nosso país, mas em diversos lugares", complementou um dos coordenadores da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates.
De acordo com ele, essas diferentes lutas ainda são esparsas, sem um fio condutor para uni-las. "É por isso que a CSP-Conlutas está convocando a todos para a Jornada de Lutas em agosto, para que essas mobilizações tenham unidade", disse o dirigente.

Reconhecimentos das estaduais
O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio Santiago Prates Filho, resgatou a ação movida pelo ANDES-SN para derrubar um decreto autoritário do governo do Estado que impedia que as universidades deliberassem a respeito do afastamento dos seus docentres, inclusive para participar de eventos acadêmicos no exterior. "Reconhecemos a importância do ANDES-SN  para a formulação da política educacional do país. O fato deste evento se realizar em uma universidade estadual mostra o reconhecimento cabal da UEM".

Fonte: ANDES-SN