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Protesto de estudantes da USP reúne 1.500 e bloqueia um dos sentidos da av. Paulista. Ministério Público solicitou abertura de inquérito para investigar abuso da Polícia Militar

05 de Dezembro de 2011 às 00:16:18

O sentido Consolação da av. Paulista foi completamente bloqueado por conta da manifestação dos estudantes da USP (Universidade de São Paulo). A concentração aconteceu na praça Oswaldo Cruz e o ato começou com a interdição de uma faixa da avenida. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito foi desviado para a av. Treze de Maio. Os alunos protestam contra a presença da PM (Polícia Militar) na Cidade Universitária e pedem a saída do reitor João Grandino Rodas.

Segundo João Vitor Pavesi, um dos diretores do DCE (Diretório Central dos Estudantes), cerca de 1.500 alunos estão presentes no ato. A PM estima que a manifestação tenha mil participantes. Os estudantes pretendem caminhar por toda a avenida e retornar ao vão livre do Masp (Museu de Artes de São Paulo), onde está prevista uma aula pública, com o tema democracia.

Os alunos entraram em greve após a reintegração de posse do prédio da reitoria, no último dia 8. Na ação, 72 manifestantes que estavam no local foram presos. A polícia os encaminhou à delegacia, onde passaram boa parte do dia. Eles foram liberados após o pagamento de fiança de R$ 545 e a assinatura de um termo circunstanciado de ocorrência.

Os estudantes reclamam de abusos cometidos por policiais no dia da desocupação da reitoria. Os manifestantes assumiram a responsabilidade de terem quebrado um dos portões do prédio, por onde eles invadiram o local, e as câmeras de segurança do térreo.  Eles também confirmaram serem os autores das pichações na reitoria, mas negam as acusações de depredação do prédio e preparação de bombas caseiras.

O Ministério Público já solicitou a abertura de um inquérito para investigar a ação da Polícia Militar na reintegração de posse a reitoria da USP. Será investigada à atuação da PM no Crusp (Conjunto Residencial da USP) durante a operação. Segundo denúncias, os PMs teriam usado bombas de efeito moral, feito ameaças e bloqueado o caminho dos estudantes - alguns estariam dormindo na hora em que a PM chegou ao local.

Fonte: UOL