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Greve dos Técnicos das Universidades Estaduais Paranaenses. UNIOESTE, UEM, UEPG e UEL deflagraram greve por tempo indeterminado. Leia nota da ASSUEL, Sindicato dos Técnicos da UEL

12 de Setembro de 2012 às 02:37:29



Informe aos Funcionários da UEL


Companheiros, este momento é de extrema importância para nós funcionários da UEL. Há mais de 01 ano os sindicatos têm buscado implementar uma nova proposta de PCCS juntamente com o Governo  do Estado, através de suas secretarias, para a  nossa carreira. Foram inúmeras reuniões, esboços de projetos, propostas apresentadas, grupos de trabalhos formados e várias as tentativas de se elaborar uma nova carreira que assegurasse os benefícios da lei 15.050 (que regulamenta nossa carreira) e que trouxesse avanços nos pontos que ainda precisavam ser melhorados na atual lei. Por diversas vezes, o Governo do Estado firmou acordos e compromissos que depois não foram cumpridos.


Foi assim quando, no final do ano passado, após exaustivo trabalho realizado pelas lideranças sindicais, pró-reitorias de recursos humanos e técnicos da SETI, o Governo do Estado apresentou um Parecer da PGE (Procuradoria Geral do Estado), ignorando todo trabalho elaborado pelo grupo de estudo. O mesmo ocorreu, quando a SEAP (Secretaria de Administração e Previdência) descumpriu o acordo de apresentar uma proposta no dia 15 de fevereiro, em conformidade com o Parecer da PGE. Após as manifestações do dia 07 e 14 de março, o Governo apresentou (dia 24 de abril) uma nova proposta que continha, além das regras de progressão e promoção, uma nova tabela salarial.  Novo calendário foi estabelecido e grupo de estudos formado, desta vez somente com a participação dos sindicatos, técnicos da SETI e SEAP, com prazo para conclusão dos trabalhos em 21 de maio.

Após o recebimento da proposta, novamente o Governo procurou "empurrar com a barriga" o que resultou na eclosão de novos protestos nas universidades - que se iniciaram no mês de junho atravessando todo o mês de julho e findando no dia 08 de agosto na UEL. No dia seguinte, os sindicatos se reuniram com o Secretário da SETI - Alípio Leal Neto, que nos apresentou uma nova tabela salarial (com algum incremento para a classe II) e o compromisso de manter os direitos adquiridos daqueles que fazem parte do quadro funcional das IEES.

Após assembléias realizadas em todas as universidades para apreciação da proposta feita pelo Governo, no dia 17 de agosto, em reunião com o Secretário Alípio, ficou acordado que no dia 27 de agosto haveria nova reunião, em que o Governo apresentaria uma minuta de lei, assegurando os direitos, como acima mencionado, e estabelecendo novas regras para os que futuramente venham a compor o quadro funcional das IEES. Para surpresa e indignação de todos os presentes, novamente o Governo não cumpriu o acordo firmado, limitando-se a dizer que não houvera tempo para análise da PGE. Diante da gravidade da situação, da falta de seriedade e compromisso deste Governo com nossa categoria, não restou às entidades sindicais reunir a categoria e deliberar por entrar em greve a partir do dia 11 de setembro.

Mesmo depois da aprovação da greve, fizemos uma última tentativa de negociação com o Governo, nos reunindo primeiro com o Chefe da Casa Civil no dia 03/09 e no dia 04/09 com os secretários da SETI e SEAP. Mais uma vez, nos foi apresentada uma proposta diferente da inicial, que agora não continha as garantias firmadas no dia 17 de agosto e colocava como data provável de envio da mensagem (projeto de lei - PCCS) à Assembleia Legislativa o dia 30 de setembro, ficando a implantação da tabela salarial para fevereiro de 2013, numa clara tentativa do Governo do Estado de nos enrolar e ganhar tempo. E ele não está enrolando apenas a mim, Marcelo, e sim a todos nós servidores. Fica, portanto, nosso apelo para que os companheiros participem deste momento decisivo, aderindo à greve e participando das mobilizações promovidas pelo sindicato. Só com LUTA, haveremos de fazer valer nossos direitos.

Marcelo A. Seabra

Presidente da Assuel-SINDICATO