Professores do CAp-UFRJ paralisam atividades até 2/5, em estado de greve

 UFRJ é mais uma universidade que se soma aos protestos. Veja abaixo:

Professores do CAp-UFRJ paralisam atividades até 2/5, em estado de greve

Por Kelvin Melo

Adufrj Seção Sindical

Em assembleia geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Adufrj Seção Sindical, realizada no Colégio de Aplicação da UFRJ, nesta quarta-feira (20/4), os professores daquela Unidade decidiram manter a paralisação das atividades até 2/5.

A assembléia anterior, de 18/4, já havia deliberado pela paralisação de 24 horas no dia 20. O objetivo do movimento, que se declarou em "estado de greve", é pressionar a reitoria e o governo federal para o pagamento de 28 professores substitutos novos do colégio, sem salários desde fevereiro.

Os docentes também reivindicam a regularização dos contratos desses substitutos junto à universidade e a homologação de 20 concursos feitos em 2010, além de rejeitarem uma recentemente divulgada proposta de portaria governamental para regulamentação dos colégios de aplicação do país.

Calendário de mobilização e comissões

Para manter firme a mobilização local, a assembleia resolveu constituir comissões de trabalho. Haverá uma responsável pela elaboração de textos sobre o movimento e o contato com a imprensa; outra vai fazer o diálogo com outras entidades da rede básica federal, como os colégios Pedro II, em situação semelhante de ataque por parte do governo.

Uma terceira comissão vai participar das negociações com a reitoria e governo; e mais uma vai cuidar das ações do movimento (com envolvimento da área de artes).

Um calendário inicial de atividades para a próxima semana, após o feriado da Semana Santa, já foi construído: na segunda-feira (25/4), às 8h, as comissões fazem suas primeiras reuniões no colégio e, às 14h, também no CAp, a Adufrj-SSind organiza um debate mais geral sobre a situação dos colégios de aplicação, evento aberto a toda a comunidade.

Próxima AG e reunião com os pais

Na terça-feira (26/4), às 7h30, no colégio, ocorre a próxima Assembleia Geral da Adufrj-SSind. Ficou claro que, soberana em suas decisões, e se houver respostas positivas por parte do governo nesse intervalo de tempo, esta AG poderá suspender a paralisação marcada até o dia 2 de maio, quando haverá uma nova Assembleia.

Ainda do dia 26/4, às 18h, terá lugar uma reunião do movimento com os pais de alunos para esclarecer a situação.

Na quarta-feira (27/4), é a vez de se promover uma atividade com os próprios estudantes, possivelmente um filme seguido de ato na rua, nas imediações do CAp-UFRJ. Existe a possibilidade de participação em ato dos movimentos organizados dos colégios Pedro II, que seria confirmado.

Na quinta-feira (28/4), a comunidade capiana deve se dirigir ao Conselho Universitário da UFRJ para protestar (mas a sessão do Consuni também precisa ser confirmada, por conta de questões ligadas ao processo eleitoral para a reitoria da instituição). À tarde, a motivação será engrossar o ato dos servidores federais, no Centro do Rio.

Ministério Público será acionado

Ao final da assembleia, os professores autorizaram uma proposta da diretoria da Adufrj-SSind de acionar o Ministério Público Federal. A ação seria para questionar o elevado número de substitutos na Unidade (quase 60% do quadro) e forçar o governo a uma política de reposição e expansão do corpo docente local, que se encontra fora do banco de professores-equivalentes da carreira de magistério superior.

Também ficou decidido que os professores, na AG do dia 26, irão avaliar uma proposta de manutenção das aulas para o último ano do ensino médio (em função dos concursos de acesso às universidades) e Classe de Alfabetização (para a qual poderia ser mais grave o prejuízo pedagógico da interrupção das aulas).

Fonte: Adufrj Seção Sindical