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Docentes da UESPI aprovam greve. Na UESPI, 60% dos professores são temporários (substitutos)

10 de Maio de 2011 às 14:47:15

Os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) decidiram nesta segunda-feira (9/5), em assembleia geral, realizar greve por tempo indeterminado, por melhorias estruturais na Instituição, concurso público para docentes e técnicos efetivos, e reajuste salarial. A greve começa na próxima quinta-feira, cumprindo o prazo legal de 72 horas de aviso ao Governo do Estado e reitoria.

"Fizemos vários apelos ao governo, realizamos várias atividades de mobilização, com paralisações, em advertência. Infelizmente, o governo não nos deu ouvido e tivemos que deflagrar a greve", afirma Graça Ciríaco, presidente da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP - Seção Sindical do Andes/SN). "Queremos negociação efetiva com o governo. A Universidade vive uma grave crise. Desde setembro do ano passado, quando lançamos a campanha SOS UESPI, tentamos negociar com o governo. A campanha reúne professores, servidores e estudantes em defesa da Universidade", completa Graça Ciríaco.

No que se refere à pauta salarial, a categoria docente reivindica o salário mínimo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (DIEESE), calculado em R$ 2,2 mil, para o professor auxiliar 20h. Atualmente, o salário do docente do professor auxiliar 20h na UESPI é de R$ 1 mil. A categoria luta ainda por concurso público para contratação de 700 professores efetivos. Na UESPI, 60% dos professores são temporários (substitutos). Até o momento, nenhuma proposta salarial foi apresentada pelo governo.

O diretor da Secretaria Regional Nordeste I do ANDES SN, Geraldo Carvalho, o diretor da executiva estadual da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) Gervásio Santos, e o dirigente estadual da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL-PI), Thiago Mardem, participaram como observadores da assembleia geral, manifestando apoio ao movimento.

Fonte: Adcesp Seção Sindical