Editoriais

A Adunicentro participou da defesa do GAECO, quando Richa tentou aparelhar o órgão e prejudicar investigações

14 de Janeiro de 2016 às 12:35:45

Em fins de 2013, O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava, na região central do Paraná, dispunha de apenas três, dos cinco policiais militares que trabalhavam nas investigações. A equipe, desde outubro, havia sido reduzida. O Secretário da Segurança Pública do Governo Beto Richa, Cid Vasquez, provocou o impasse que determinou a retirada dos policiais e as novas investigações foram impossibilitadas.

A Adunicentro não se omitiu em defender um dos instrumentos mais importantes para a defesa do patrimônio público e combate ao crime organizado. Após reuniões no GAECO em Guarapuava nos propomos a articular entidades da nossa cidade que se somaram ao movimento em todo o estado.

Veja abaixo o documento que sintetizou a luta da sociedade civil de Guarapuava contra a tentativa do Governador Beto Richa de desmantelar o GAECO. O movimento da nossa região se uniu a uma grande frente de entidades que se formou em todo o Estado do Paraná. O êxito em fazer o governo recuar de medida tão absurda vem promovendo sucessivos frutos à sociedade paranaense.

Lembre o caso: Governo estadual recua e desiste de rodízio de policiais no Gaeco

Representantes do Ministério Público criticam rodízio de policiais no Gaeco

Ao Governador do Estado do Paraná e à população de Guarapuava

As entidades representativas da sociedade civil de Guarapuava, signatárias deste documento e abaixo relacionadas, vêm a público manifestar sua preocupação com a perspectiva de desaparelhamento de uma das suas instituições públicas mais respeitadas, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).

Hoje o GAECO de Guarapuava não pode iniciar mais nenhuma investigação, o que deixa a população de Guarapuava apreensiva e com um sentimento de sujeição e desproteção perante o crime organizado. O GAECO vem cumprindo, desde 2012, uma importante tarefa e angariou junto à sociedade civil de Guarapuava um grande respeito e confiança. A atual postura do Governo do Estado do Paraná, neste caso representado pelo Secretário Cid Vasques, da SESP, deixa perplexas a população da cidade e as entidades representativas de seguimentos desta. A imposição de rodízio de policiais pela SESP não permite ao Ministério Público, que coordena os trabalhos do GAECO, a escolha do efetivo de policiais civis e militares e rompe abrupta e unilateralmente o acordo inicialmente estabelecido entre as partes e consolidado no Decreto Estadual nº 3981/2012 e Resolução nº 1355, de 03 de maio de 2012 que conferiu autonomia institucional ao Grupo. O GAECO vem perdendo assim, policiais experientes nos procedimentos de investigação e combate ao crime organizado. Em Guarapuava, desde setembro, a estrutura e funcionamento do GAECO vem sendo prejudicada por atos da SESP, o que acaba por permitir que o crime organizado possa continuar a agir com desenvoltura em nossa região.

Compreendemos que o procedimento adotado em 2012 entre Ministério Público e Governo do Estado deve ser mantido, justificado pelas diversas operações exitosas que se deram no período.

Guarapuava, 29 de janeiro de 2014

Assinam

ADUNICENTRO, Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Centro-Oeste-UNICENTRO

APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, Núcleo Guarapuava

SISPPMUG – Sindicato dos Servidores , Funcionários Públicos e Professores Municipais de Guarapuava

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Guarapuava e região

DCE- Diretório Central dos Estudantes da UNICENTRO

Sindicato dos Metalúrgicos de Guarapuava

Observatório Social de Guarapuava

SINDIGUA – Sindicato dos Empregados no Comércio de Guarapuava

 

Fonte: Adunicentro, Seção Sindical do ANDES-SN